Sobre a Maniò

Muito mais do que uma loja, nos enxergamos como divulgadores das culturas originárias sul-americanas e defensores das causas indígenas. Buscamos, por meio da arte e artesanato, reconectar nossa sociedade às suas raízes culturais, promovendo integração e enriquecimento da cultura. Cada artigo vendido pela Maniò veio das mãos de uma artesã indígena e é carregado de significados sociais e culturais. O que chega até você é mais do que um simples produto ou adereço estético, mas uma peça viva da cultura ancestral originária.

Através de suas viagens pelo mundo, Anselmo Dutra se descobriu um amante das conexões entre pessoas, povos e culturas. Depois de ter contato com uma grande variedade de culturas originárias de várias partes do mundo, ele decidiu se voltar para os povos originários do Brasil.

No ano de 2017 ele teve contato direto com o povo Wauja e a partir daí passou a estabelecer conexões diretas com diversos outros povos. Do ímpeto de proporcionar a outras pessoas essa mesma experiência de contato com culturas tão ricas e principalmente, de ouvir essas pessoas e ajudar os povos originários a terem acesso a diversas coisas que precisam, surgiu a ideia de criar a Maniò, para gerar, ao mesmo tempo integração cultural e valor social para os povos originários.

Conheça o Anselmo
Anselmo Dutra idealizador da Maniò
Anselmo Dutra, idealizador da Maniò

O que vendemos

A Maniò comercializa peças artesanais de diversos povos indígenas originários do Brasil. Buscamos, através de cada peça, disseminar valores culturais, aproximar diferentes povos e proporcionar um comércio justo e mais entendimento a respeito dos povos indígenas. Enquanto você desfruta da linda arte indígena, ainda colabora para o desenvolvimento social e disseminação cultural de diversos povos ao redor do continente.

Quem produz?

Todass as peças oferecidas pela Maniò são legitimamente indígenas. A produção é toda feita à mão por membros dos povos originários e nós cuidamos apenas da distribuição para garantir que essa valorosa arte chegue até você.

Os Povos

Atualmente disponibilizamos peças de povos de diversas partes do país e em breve pretendemos contar com uma variedade ainda maior de produtos originários de diversas partes da américa do Sul.

Confira os povos que somos parceiros

Kamaiurá

Os Kamaiurá jamais se afastaram de sua área de ocupação, na região de confluência dos rios Kuluene e Kuliseu, próxima à grande lagoa de Ipavu, que significa, na língua deste povo, “água grande” e se situa no estado do Mato Grosso. Sua população é de algumas centenas de pessoas. Os Kamaiurá acreditam na união entre povos vizinhos e realizam o ritual conhecido como kwarup, que reúne na aldeia diversos povos do alto-xingu e conta com encenação do mito de criação do homem, competições de luta, danças e trocas de artesanatos.

Waujá

Habitantes do Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, os Wauja são notórios pela singularidade de sua cerâmica, o grafismo característico de seus cestos, sua arte plumária e máscaras rituais. Além da riqueza de sua cultura material, esse povo possui uma complexa e fascinante mito-cosmologia, na qual os vínculos entre os animais, as coisas, os humanos e os seres extra-humanos permeiam sua concepção de mundo e são cruciais nas práticas de xamanismo.

Kaiapó

Uma das etinias originárias mais populosas do Brasil, os Kayapó vivem em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do caudaloso rio Xingu, nos estados do Mato Grosso e Pará. Ocupam um território quase tão grande quanto a Áustria praticamente recoberto pela floresta equatorial, com exceção da porção oriental, preenchida por algumas áreas de cerrado.

Canela

Os povos Canela se situam no interior do estado do Maranhão e mantém uma intensa vida cultural, expressa através de rituais e da produção artística. A cultura Canela é notável pelo valor que dá à paz interna no grupo. É proibido expressar palavras de raiva no pátio central da aldeia e todos os conflitos são resolvidos por uma reunião dos homens mais velhos no pátio. Os Canela também se destacam pela produção artesanal de artefatos em fibra de buriti ou inajá, que vão desde utensílios como os cestos até uma grande variedade de acessórios corporais. Impacto social Além das vendas, temos um contato direto com os povos indígenas e buscamos divulgar e apoiar ações sociais que os auxiliam. Através da divulgação e integração, buscamos não apenas expandir o alcance da cultura destes povos, mas garantir que eles tenham acesso a recursos que lhes permitam levar suas vidas com dignidade e respeito. Ao comprar os produtos da Maniò você está diretamente gerando impacto social positivo em diversos povos ao redor do Brasil.

Tapirapé

Os Tapirapé constituem um povo Tupi-Guarani habitante da região da serra do Urubu Branco, no Mato Grosso. Em decorrência do contato com as frentes de expansão, a partir de meados do século XX, sofreram intensa depopulação, período em que estreitaram suas relações com grupos Karajá, até então seus inimigos. Depois de terem seu território tradicional ocupado por fazendas de agropecuária, na década de 1990 conseguiram reconhecimento oficial de duas TIs, sendo uma delas coabitada pelos Karajá. Mas na TI Urubu Branco ainda enfrentam problemas fundiários, em razão de invasões de fazendeiros e garimpeiros.

Bakairi

Os Bakairi se autodenominam Kurâ, que quer dizer gente, ser humano. Eles se consideram os verdadeiros Kurâ, a humanidade por excelência, devendo os demais ser especificados. Kurâ expressa, no sentido restrito, "nós , os Bakairi", "o que é nosso". O termo Bakairi é para eles de origem desconhecida e encontra-se registrado nas crônicas da história regional desde o século XVIII.

Baré

Os índigenas Baré e Werekena (ou Warekena) vivem principalmente ao longo do Rio Xié e alto curso do Rio Negro, para onde grande parte deles migrou compulsoriamente em razão do contato com os não-índios, cuja história foi marcada pela violência e a exploração do trabalho extrativista. Oriundos da família lingüística aruak, hoje falam uma língua franca, o nheengatu, difundida pelos carmelitas no período colonial. Integram a área cultural conhecida como Noroeste Amazônico.

Tukano

Autodenominam-se Ye’pâ-masa ou Daséa. É a etnia mais numerosa da família lingüística Tukano Oriental. Concentram-se principalmente nos rios Tiquié, Papuri e Uaupés; mas também estão morando no Rio Negro, a jusante da foz do Uaupés, inclusive na cidade de São Gabriel. É possível que existam mais de 30 subdivisões entre os Tukano, cada qual com um nome e, idealmente, compondo um conjunto hierarquizado. Atualmente, com todas as dispersões ocorridas nos últimos séculos, as posições hierárquicas são razão de polêmicas e versões variadas. Os Tukano são fabricantes tradicionais do banco ritual, feito de madeira (sorva) e pintado, na parte do assento, com motivos geométricos semelhantes àqueles dos trançados. É um objeto muito valorizado, obrigatório nas cerimônias e rituais, onde se sentam os líderes, kumua (benzedores) e bayá (chefes de cerimônia).

Baniwa

Os Baniwa vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiairi e Cubate, além de comunidades no Alto Rio Negro/Guainía e nos centros urbanos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM). Desde os tempos coloniais, o nome Baniwa é usado para todos os povos que falam línguas da família Aruak ao longo do Rio Içana e seus afluentes. Deve-se enfatizar, porém, que não se trata de uma auto-designação. É um nome genérico usado por esses índios quando se fazem representar em contextos multiétnicos ou diante do mundo não-indígena.

Krahô

Os Krahô vivem no nordeste do Estado do Tocantins, na Terra Indígena Kraolândia, situada nos municípios de Goiatins e Itacajá. Fica entre os rios Manoel Alves Grande e Manoel Alves Pequeno, afluentes da margem direita do Tocantins. O cerrado predomina, cortado por estreitas florestas que acompanham os cursos d’água. É mais larga a floresta que acompanha o rio Vermelho, que faz o limite nordeste do território indígena.

Os Krahô chamam a si próprios de Mehim, um termo que no passado era provavelmente também aplicado aos membros dos demais povos falantes de sua língua e que viviam conforme a mesma cultura. A esse conjunto de povos se dá o nome de Timbira. Hoje, Mehim é aplicado a membros de qualquer grupo indígena. A esta ampliação correspondeu uma redução do sentido do termo oposto, Cupe(n), que, de não-Timbira, passou a significar civilizado. Os Krahô que vivem mais ao sul também se chamam de Mãkrare (mã = ema, kra = filho, re = diminutivo, "filhos da ema"), termo que pode variar para Mãcamekrá e que aparecia em textos do século XIX como "Macamecrans"